Ficha: Hoo'gar

Nome: Hoo'gar
Raça: Orc (Meio - humano)
Idade: 24 anos Sexo: Masculino
Altura: 190.4 cm Peso: 105 kg
Linguagem: Língua Comum + Língua Orc
Personalidade: Nascido em meio a violência e frieza das ruas como fruto do abuso grotesco a uma mulher humana pura, forjara-se um bastardo, mestiço, repleto de problemas e demônios internos devido o abandono de seus progenitores e rispidez da mãe solidão que por tantos anos fora sua única companhia. Demonstra pouquíssima empatia assim como mínimo potencial para desenvolver simples relações a base de confiança, quase sempre fala firme e em tom de ameaça como um animal traumatizado que teme reviver seus dias de caça, passa por diversos surtos de dupla personalidade de tempos em tempos ostentando péssimo controle de suas emoções e ações.

Ainda que tenaz quando o significado da palavra se volta unicamente a adversidades físicas, não faz jus a mesma qualidade se tratando do convívio com outras pessoas, irritá-lo é fácil e costumeiramente se faz bastante presente tal estado em seu dia-a-dia, é um completo desinteressado quando o assunto é se importar e/ou levar alguém em consideração, a não ser que isso lhe seja conveniente de alguma maneira e faça com que algum favor ou afim vala um pouco de sua escassa paciência; pelo contrário do que pode se imaginar não é alguém de propósitos malignos ou vontades corrompidas, simplesmente não nasceu para brilhar em meio a multidão ou liderar exércitos, é detentor de uma índole neutra e particularmente honrosa.  

 
História: Destinado ao fardo de receptáculo da miséria tinha tudo para que sua estadia nesse mundo não passasse de poucos minutos de existência, amargurado pela condição de órfão respirara três longos dias o ar fétido condicionado pelas entranhas apodrecidas de sua figura materna, com sua vida ceifada pelas próprias mãos não capazes de trazer o mesmo fim ao pequeno e amaldiçoado ser em teu ventre, após 72 horas de seu nascimento tendo essas sido passadas no quase silêncio da morte fora encontrado e acolhido por uma caravana de ladrões que migrava direção ao Sul, seu nome entre aqueles? "Hoo'gar, o tenaz", batismo concebido pelo próprio líder do bando que simpatizava com a imensurável vontade do recém nascido de se manter vivo, ainda que embebedado à malícia e criminalidade ele conseguia enxergar naquele bebê a chama crescente de um verdadeiro tanque de guerra, estava certo, porém a vida não quis que suas palavras se cumprissem ainda vivo e dessa forma o grupo com o garoto nos primeiros passos de sua infância fora emboscado e eliminado, tendo sido poupado apenas o mais jovem entre os agora moribundos sujeitos, qual por sua falta de idade e entendimento da arte da batalha fora levado e privado de sua liberdade.

Foram cinco anos lacrados junto a ratos e outros prisioneiros, e mais cinco solitários se alimentando de insetos e musgo após o abandono da vila de minérios que se encontrava, um buraco na parede da prisão, alargado no decorrer dos anos com a empunhadura de uma cimitarra cega fora sua porta de liberdade ao completar 12 anos de idade, o Sol nunca pareceu tão quente quanto se notara e o céu jamais fora tão azul quanto se podia ver, apesar dos estragos irreversíveis enraizados em seu ser ele ainda conseguia apreciar a simplicidade da vida perante seus momentos de singela observação, a floresta o abrigara como uma mãe e as ruas o doutrinaram como um pai, alterava sua peregrinação de cidade em cidade para que não fosse marcado e acorrentado novamente, marcado pois roubos e confusão era tudo o que tinha a oferecer aos lugares em que passava, era preciso viver e nem todas as pessoas do mundo gastavam sua benevolência com um garoto qualquer de rua, para ser sincero nenhuma consigo desde o homem que lhe nomeara.

Ao tornar-se um adulto não lhe restara opções de crescimento a não ser fazer aquilo que o destino o preparara a vida inteira, pessoas desesperadas costumavam pagar e muito pela resolução de seus problemas e ele como alguém que vencera suas próprias adversidades sabia bem como lidar com dilemas, logo não demorara muito para que iniciasse nas competências de um mercenário, ainda que sem qualquer experiência na área, era a única coisa que por coincidência ou não chegara perto de possuir potencial para tal.

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