História - Um sussuro nas sombras

Qua maio 29, 2019 10:46 pm

Após ser acusado de praticas de um culto religioso da escuridão, as ultimas lembranças de tua própria mãe haviam sido as de gritos, dor e sofrimento. Quando a guarda real de Camelot invadiu seu pequeno povoado, esquartelou-a e queimou diante de ti, ao final de uma noite traumática, se via numa cela trancafiada nos confins de um mundo de mais alta classe...

As paredes eram úmidas, uma cama velha era ligeiramente encaixada num dos cantos, o feno conseguia ser mais duro do que o chão, era alimentado uma vez por dia, por sorte suas mãos ainda faziam parte de seu corpo... Após os primeiros dois anos você sequer se preocupava em continuar contando os dias, até que uma carta chegará a ti, um pedaço de papel voava pela janela de ventilação que provavelmente ligará a cela ao lado...

" Céus, eu o vi, se alguém ler isto lhe imploro que conte os próximos minutos sem relevar a todas as suas crenças ou éticas, eu o VI! O carcere deste reino, a escuridão está impregnada neste local, não são humanos que controlam mais este plano, acho que as coisas mudaram após este tempo todo, Vilkas, Bronn, meus irmãos de guerra que me alertaram... Já é tarde para mim, não os olhe abaixo do capuz, não os tire o elmo, é escuridão e medo, sobreviva...! "

~ Desconhecido

Qui maio 30, 2019 12:07 am

História - Um sussuro nas sombras Kanekichains

Acorrentado

Honra... Justiça... Tradição... Meras algemas para os ignorantes... Quando você passa anos na escuridão, a luz passa a ser um incômodo para os seus olhos, os detalhes são cada vez mais complicados de serem vistos, e você tenta se apegar ao pouco que ainda lhe resta para não ser completamente submetido à loucura interna da total perda de sanidade causada pela falta de contato com o mundo exterior. Uns dias são mais rápidos que os outros... Aos poucos algumas memórias de tudo que você viveu vão se esvaindo e você começa a se esquecer das coisas por que tudo que você lembra são das malditas correntes que te prendem e das paredes que te cercam, até o dia em que tudo pode mudar...

Aquele pedaço de papel ao adentrar na cela me chamava bruscamente a atenção. Me arrastava até a carta puxando as minhas correntes junto comigo fazendo as arrastar e fazer aquele barulho que já me era tão comum como respirar, pegava o papel em mãos, sua textura era algo que já havia tempo que não sentia. Apertava a vista na tentativa de ler o que estava escrito naquela folha sem sucesso, estava escuro, precisava me aproximar mais da luz, e com a mesma dificuldade me esgueirava até o pequeno resquício de luz que havia na cela, ardendo cada vez mais minha vista ao me aproximar, porém era capaz de ler as palavras... Aquelas palavras, por mais sem sentido que parecessem, eram claramente palavras de alguém amedrontado, Vilkas, Bronn, procurava na mente se já havia ouvido aqueles nomes antes... Nada feito.

Nunca fora de acreditar no destino, mas acreditava que aquela carta não havia aparecido ali por mera coincidência, não tinha certeza do que ia acontecer, mas precisava averiguar o que se passava, de repente, um dos guardas pudesse saber de algo, mas por hora melhor não falar da carta, então antes de ir até a entrada da cela, escondia o pedaço de papel naquele grosso feno, talvez assim aquela porcaria servisse para algo... Ao me mover até a entrada, me agarrava nas barras e começava a gritar. - GUARDA... GUARDA!

Narração / Falas

Vida: ??/?? Mana: ??/??

Qui maio 30, 2019 12:43 am

Seus gritos ecoavam e o vazio lhe respondia, uma sensação de desespero repentino lhe atingia enquanto a sanidade aos poucos lhe retornava. Um pensamento momentâneo lhe aflige, já faziam anos que estava preso, mas neste tempo todo você nunca havia visto sequer novamente o simbolo real de Camelot, o reino que atacou e queimou sua mãe viva, tal como, nunca sequer viu o rosto de algum dos guardas, apenas quando era alimentado, sentia a sua presença sombria e a escuridão vista em abaixo de seu capuz...

Após alguns dias, você, ainda preso, sentia o pesar e a amargura do silêncio do outro lado da parede, e, quando mais esperava, outra carta era arremessada, desta vez um bocado amassada e com a tinta fraca, as correntes em suas pernas lhe pesavam os movimentos, suas mãos, porém livres, lhe permitiam a coletar para ler...

" Não o faç-... não saia daí, eles estão apenas brinc-, quando - sua cela, se agarre num canto, não - sair, não há chances de sobreviver e nem de escapar, isto é demoníaco.. -."
~ Desconhecido

Aquelas escrituras, num garrancho rabiscado lhe incomodava, quem as escrevia e por que, como sabia sobre isto e de onde raios havia tirado uma caneta, detalhes simples mas que lhe incomodavam, mas não tanto quanto seus pensamentos sobre seus raptores...

Qua Jun 05, 2019 8:48 pm

Acorrentado

Tantas perguntas ainda me perturbavam, sons na minha cabeça insistiam em querer me atormentar, de certo estava ficando louco, o que estava acontecendo, de onde vinha tudo isso, por que hoje e por que sem o menor aviso? Nada estava fazendo sentido, quem estava enviando aquilo, o que queria? Certamente estava brincando comigo, eu não iria entrar naquelas gracinhas, me erguendo e andando de um lado para o outro me sentia novamente limitado pelas malditas correntes que não me deixavam chegar até a luz, eu não saberia dizer quanto mais tempo aguentaria.- AÍ, GUARDA, GUARDA! ANDE LOGO, EU SEI QUE VOCÊ ME OUVE!

Narração / Falas

Vida: ??/?? Mana: ??/??

Qui Jun 06, 2019 1:12 pm

Quando você grita, sua voz ecoa por sua cela, escapa pelas grades e foge pelos corredores escuros e desconhecidos... Você se pensa se algum dia voltaria a ver a luz do dia, estava já sem esperanças e o tempo voltava a passar... Seus dias solitários e obscuros, noites em claro e as vezes sobe pesadelos aterrorizantes...
Você acorda, uma semana após receber aquela carta e.... A porta estava aberta, bem a sua frente, ainda haviam aquelas luzes de tochas nos corredores, mas a porta simplesmente aberta.

Qui Jun 06, 2019 6:50 pm

Acorrentado

Acordar e aquela ser a primeira coisa que eu via era algo inexplicável, primeiro pensei que estaria delirando, mas logo percebi que aquilo era tão real quanto minha loucura.- Mas que merda... - Eu andava me aproximava da porta e começava a criar um tufo mínimo de esperança, sentia o solavanco de ser puxado para trás por causa das malditas correntes, as olhava e em seguida para a porta aberta e aquilo me gerava uma ansiedade e ao mesmo tempo uma ira. - Eu não irei desperdiçar uma chance dessas por causa dessas malditas correntes, então se não me deixarão ir, eu as levarei junto comigo - Enrolava as correntes ao longo do braço, preparava para respirar fundo e ao faze-lo, puxava as correntes com intensidade, uma, duas três vezes, com forças que vai saber de onde vinham, mas estava determinado, não iria perder aquela chance por nada, mesmo que tivesse de ferir os braços pra isso.- Nossas correntes... tem a força... que atribuímos à elas!

Narração / Falas

Vida: ??/?? Mana: ??/??

Qui Jun 06, 2019 11:54 pm

As correntes na verdade prendiam apenas as suas pernas, uma a outra, então você se esforça mas... Não consegue as tirar, porém, ainda podia optar por se levantar e sair de sua cela...

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