Aventura - Algo para Fazer

Durante a sua viagem noturna, você encontrou uma pequena pousada de viajantes em meio ao nada, ao adentrar ouvia algumas pessoas lá dentro, alguns homens, mulheres, atendentes e tudo o que se podia encontrar, até mesmo um bardo cantando, você se senta numa cadeira e repousa seus cotovelos sobre ela, não tinha muito dinheiro sobrando mas só precisava de um tempo para descansar... Até ouvir numa mesa próxima a ti um homem conversando com um Goblin, "OURO?", um grito do homem, que logo recebia um tapa, não haviam chamado a atenção de ninguém além da sua...

- Sh, fica quieto! Idiota!... Eles vão fazer o transporte em breve, parece que descobriram uma caverna repleta de construções antigas, provavelmente uma fortaleza subterrânea anã, não conseguiram abrir então vão explodir a entrada! - Você ouvia... Além deles todas as pessoas na taberna possuiam sacos de moeda e tudo mais, alguns sobre a mesa outros amarrados a cintura...

- E o que temos a ver com isso? - Pergunta o homem, parecia incomodado ou meio perdido quanto as palavras do Goblin, embora, também parecesse que se conheciam a certo tempo...
- Você é burro ou o que? Se é um calabouço antigo, selado, provavelmente vão haver tesouros lá! Precisamos só dar cabo desses exploradores! - Finalizava com uma gargalhada...

- Não conheço nenhuma caverna! - Braveja o Goblin, que claramente estava incomodado com você simplesmente surgindo e se sentando ali...
- Puxa mas e essa dos anões? - Pergunta o homem, que logo recebe um chute na canela por debaixo da mesa...
- Ah, é... Sem caverna, sem caverna amigo! - Diz...

- Espere! O quanto você ouviu? - Dizia, esperando alguns segundos enquanto pensava antes de perguntar sobre a conversa...
- Você sabe xingar na língua dos anões? - O homem parecia ser meio tapado, e era respondido por um olhar fulminante do Goblin...

- Nós acabamos de nos conhecer, por que devíamos confiar em você? - Perguntava, ainda um pouco incomodado com sua presença, o outro ficava quieto após ouvir suas palavras em uma língua para ele desconhecida...

- O que você acha, tapado? - Indagava seu aliado humano, o Goblin, que não parecia muito amigável, começava a cogitar a hipótese de aceitar, mas o humano apenas batia com os ombros, um pouco indiferente...
- Vamos ter que explicar tudo de novo? - Perguntava, agora encarando você...

Te encarava numa última olhada com desprezo antes de desviar o olhar por segundos, olhos fechados e iniciava uma longa respiração, quase bufando por estar cogitando realmente a sua participação, o homem ao seu lado, sorria levemente, embora agisse feito um bobo, conhecia o próprio amigo e sabia como funcionava...

Ele voltava a abrir os olhos, fitando o dia claro lá fora e depois te encarava, ainda em silêncio, enquanto sua mão atrás de sua cintura buscava em sua pochete alguma coisa, por algum motivo em sua cabeça rezava para não ser uma adaga, mas logo se revelava um pedaço de papel que ligeiramente e sorrateiramente era posto sobre a mesa, a principio você notava inscrições rúnicas na lingua dos anões a qual, convenientemente você era fluente, haviam marcas com palavras como "Sol, lua, céu e estrelas", mas nada tão indicativo...

- Consegui isto com um mercador, curiosamente dois dias antes de descobrir do que se tratava... - No mapa, após aberto pelo goblin e virado em sua direção, você percebia o desenho de uma montanha, um pequeno mapa de primeiro andar, salões rúnicos e um aro triplo entalhado na frente da porta, haviam símbolos e ícones de criaturas estranhas, uma fera com cabeça pontuda, cauda longa e asas em suas costas, feras animalescas como um lobo, e, uma figura com enormes asas de borboletas, as figuras em três aros com cada um dos três símbolos de cima abaixo, criavam uma combinação giratória com uma pequena legenda rúnica... " E após a combinação ser ajustada, há de dizer-te:: Quando a fera for abatida pelo ser mágico, dos céus virá o fogo" uma senha oral rúnica a qual você tinha consciência, e seus "amigos", não...

- Vamos partir o mais rápido possível, se quiser beber mais uma, pague-nos também, estamos duros...! hehehe - Brincava, após dizer que realmente pareciam ter pressa, não sabiam quando exatamente chegariam os exploradores, mas aquilo a cada minuto soava mais interessante...

O papel era velho e não tinha selo algum, você o observa e encontra um pequeno mapeamento com uma bússola apontando o norte, a posição da caverna em relação a um vilarejo próximo da localização de onde estão, e, a ordem do enigma, de cima abaixo era, Dragão, Lobo e Libélula... Fora isso, observar a folha não te trazia mais nenhuma informação...

- É o suficiente se conseguirmos abrir a porta sem os exploradores, ou com todos mortos de preferência... - Dizia, fechando o pergaminho e o voltando para sua bolsa, organizando seus itens sobre a mesa como adaga, bolsa, túnica e manto, o Goblin, assim como o homem estavam preparados para partir e ouvir-te traduzir aquele pouco já soava o suficiente.

- Eu não disse que comprei... É melhor irmos logo! - Respondia a sua pergunta anterior, sinalizando com a cabeça para que saiam logo da taverna, pois era dia e o dia não iria continuar durando tanto, você, também podia optar por se levantar e seguir com seus novos companheiros, ou esquecer tudo e fugir pelos fundos...

Os três partiam para fora daquela velha taberna, ou melhor dito, uma pousada para aventureiros no meio do nada, um local bastante curioso, mas que não era protagonista desta situação num geral... Dois humanos e um Goblin, uma criatura não muito famosa dentre as demais raças, e, esta curiosamente sociável e inteligente ao ponto de falar a língua comum era de se surpreender...
Após uma longa empreitada pelas estradas desertas em meio a campos verdes em uma única trilha de terra que os guiava para o oeste seguindo a ideia daquele mapa onde os guiaria após para o Norte, para em fim alcançarem o local da montanha dos anões, vocês adentravam uma área mais densa num bosque o qual dificilmente podiam agora ver os horizontes distantes. O Goblin parecia não se importar com o ambiente em questão, apenas seguia com as mãos em seus bolsos das vestes, já o humano ao lado, de longos cabelos castanhos que batiam no pescoço e uma grande barba crespa em torno de seu maxilar, ocasionalmente se debatia para espantar alguns mosquitos.
- Você não tem nenhuma arma? - Perguntava o homem ao garoto loiro mais atrás, enquanto ainda balançava suas mãos para espantar os insetos da natureza, sua voz rouca e curiosa aguardava uma resposta enquanto exploravam adiante na mata...

O homem ria com sua resposta, puxando de sua cintura uma pequena espada embainhada, era pequena mas ao menos era uma espada, movia sua grande mão em sua direção e deixava o cabo virado para ti, que instintivamente a recebe de bom grato...
- Eu tenho essa reserva, pode ficar garoto! - Dizia num bom animo enquanto continuavam a seguir, o gobelin porém, parecia patrulhar mais adiante, cerca de vinte metros... Ele realmente aparentava um estilo mais furtivo de combater então não se importava muito em estar próximo, já o humano, andava totalmente descontraído...
- Meu nome é Edsert! O nome dele é Varkon... E o seu, como disse que se chamava ?- Perguntava, enquanto seguiam o caminho em meio a floresta... Logo porém, o Gobelin mais adiante aparentava ter localizado a vila e acenava para que andassem depressa...

Espada Curta

Escala: 1 Poder: 4
Descrição: Espada leve de dois gumes e ponta perfurante.

Vocês caminham distraídos quando um leve grito ecoa na direção de vocês...
- Ô... Filha da puta! - O Gobelin gritava para que andassem logo, parecia estar com pressa pois balançava ambos os braços para cima e depois sinalizava para baixo, como se quisesse que avançassem logo em sua direção...

- São zumbis!- Exclamava apontando para o pequeno vilarejo de Bri, não era para onde deveriam ir, podiam simplesmente contornar aquilo...
- Isso é estranho, algum necromante deve ter passado por aqui, acho melhor darmos a volta! - Explica a situação enquanto vocês observam o vazio da vila e várias criaturas vagando pelas ruas, vocês estão numa colina no meio da floresta com visão de cima da vila morro abaixo...

- Mortos que viveram de novo... - Comentou Edsert, respondendo a sua pergunta enquanto o Gobelin observava o cenario adiante, dando com os ombros e buscando uma trilha em meio ao mato para seguir, contornando o Vilarejo Bri... Vocês então partiam sem muitos problemas, contornando o vilarejo e seguindo pela floresta. Algumas horas se passam e vocês se reagrupam perto de uma montanha.
- É lá em cima, acho que não chegou ninguém... Como faremos? - Esperava sugestões enquanto apontava para uma trilha que subia a montanha...

Ambos concordam com sua sugestão e os três seguem pela trilha da montanha, subindo por ela, uma pequena trilha de terra ascendendo aos montes rochosos, até aos poucos o cenário de pura natureza se transformar, com vigas rochosas erguidas aos cantos das estradas como se posicionadas ali de propósito, até, da trilha saltar uma escadaria de pedras que se curvava a esquerda na montanha, indo direto de encontro a uma enorme pedra em formato de porta, ligada diretamente na parede íngreme da montanha...